Um país sem padrão | 2 – Manuais e Formulários

Aqui, como no 1°Post, não há consenso no assunto. Cada promotora faz o seu, vários no esquema Crtl C – Crtl V, alguns desatualizados em normas e procedimentos, alguns com mais ou menos conteúdo. Uns em Word, outros em pdf e alguns on-line. Mas todos imputando ao expositor e seus prepostos toda a responsabilidade e custos.

DE NOVO?

Mais uma vez, estivemos agora em Novembro 2017 no Rio de Janeiro para mais uma Exposição Internacional que já participamos com nossos clientes há mais de 10 anos pelo país. Vou usá-la como ilustração.

Desta vez, com uma nova empresa parceira para cuidar do sistema on-line, a promotora me pareceu menos preparada, afinal não é de hoje que fazemos este evento e infelizmente, nunca vi sistema mais chinfrim e tantas reclamações de expositores, clientes e nós, os peões!

Além de trazer um novo padrão com lay out de nível questionável, principalmente quando comparado há anos anteriores, o sistema é minimalista, o preço talvez seja igual, todavia, foi no espaço de exposição que o bicho pegou, como sempre.

O Caex, montado mas vazio até o último dia de montagem (cujo prazo foi reduzido em 1 dia de 3, sem nenhuma explicação e se virem), mostrou a verdade do que aconteceu nos bastidores entre a Promotora e sua parceira Internacional para a gestão e operação do sistema. O padrão caiu. Mas quem liga para isso? Ninguém. Quem sofre com isto? Somente nós peões, aqueles sem os quais nenhum evento jamais sairia do papel.

Se podemos chamar de sistema on-line, não a meu entender, clientes tiveram dúvidas e questionamentos e nós, enviamos formulários para nosso credenciamento por e-mail, mesmo. Mas trabalhamos sem credenciais, pois, não estavam prontas, mesmo enviando o formulário muito antes da data limite. Peguei os meus no dia de inauguração do evento.

APENAS A PONTA DO ICEBERG

Isto ocorre em todos os eventos do Brasil e relata uma parte dos desafios das montadoras de entregarem aquilo que venderam. Me parece um negócio de gente maluca, pois, tudo corre contra você e não existe ainda nada nem ninguém, neste país, que olhe para esta causa. Vejo muita negociação para baixo por parte dos clientes, prazos gerais diminuindo imputados pelo promotor e qualidade descendo, como resultado destas ações. Que venham os eventos virtuais e mudem toda esta indústria e mostre o novo formato possível de participação em eventos de negócios, como já vemos lá fora, empresas inovando e tendo melhores resultados.

Já conhecemos gente e empresas, como nós, se movendo nesta direção aqui no Brasil, tentando tirar o atraso de 30 anos em relação ao 1° Mundo.

ENQUANTO ISTO

  1. Se você  é  um expositor, exija do seu atendimento o Manual do Expositor assim que decidir participar do evento e preste atenção na quantidade de exigências às quais você está judicialmente submetido, embora você nem ligue para isso, afinal quantos expositores leem seus Manuais?
  2. Se você é  uma agência ou montadora, exija do seu cliente este Manual, leia atentamente, pois, a bomba vai estourar na sua mão e a planta definitiva da localização do espaço do seu cliente,  sabendo que, se as vendas de espaços do evento forem ruins, como tem acontecido, essa posição vai mudar e infelizmente essa informação sempre chega trazendo problemas operacionais.
  3. Fique atento a posições de pavilhão, paredes de vizinhos e alturas e recuos. Mas não esqueça de acessos para montagem (principalmente em hotéis que no deste evento, é ridículo), estacionamentos, carga e descarga e horários de acessos gerais de montagem, evento aberto e desmontagem. Tudo é custo aqui, se não foi cobrado, vira prejuízo.

Acesso oficial para Montagem e Desmontagem … Oi?

Neste nosso evento, foi humilhante para nós o tratamento oferecido pela promotora e do hotel para trabalharmos. Infelizmente este é o Brasil. Se fosse com Z, talvez tivesse dado certo.

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