Um País sem padrão | 3 – Alturas e Recuos

Uma regra criada com critérios do século passado e que ainda persistem em nossos dias, impedindo aquele que paga toda brincadeira, de fazer uso de todo seu espaço, sob a argumentação de garantir a visibilidade de estandes vizinhos.

Quer local sem concorrência? Fique em casa . . .

Regras e + Regras

Entendemos a necessidade de certas normas de segurança, algumas mais inteligentes do que outras, quando acessamos um manual de montagem de qualquer evento. Uma delas, versando sobre alturas máximas e recuos, inibe expositores de utilizar todo seu espaço acima de uma altura X, criando aquela famosa escadinha, que estraga todo projeto, fazendo uma criatividade não criativa (deu pra entender?) para acatar a regra imposta.

Ainda, esta variação de local para local, também muda de Promotora para Promotora, mesmo com eventos num mesmo local, o que coloca o tema na lista destes posts sobre falta de padrão.

Perguntar a qualquer um envolvido é entrar num caminho sem fim e sem respostas. Apenas obedeça se quiser participar do evento, vão dizer polidamente.

Sabemos que cada espaço tem suas qualidades e defeitos, em suas estruturas e por isso, possibilidades de oferecer um bom espaço para feiras de negócios ou não. Basta analisar estruturas projetadas e construídas para isso e outras que não passaram por este caminho. O resultado, qualquer um de nós, peões do Brasil, sabemos de cór.

Center Norte em 2011

O que irrita

Quando analisamos as regras, percebemos a falta de conhecimento por quem faz a regra, desconhecendo de materiais que compõem as estruturas de fabricação, principalmente com as modulações das estruturas de alumínio combinadas com estruturas de marcenaria o que causa gambiarras que hoje, são incorporadas às soluções e apesar de feias, ja fazem parte de nosso cotidiano e depois de décadas, passam desapercebidas de expositores, mas também são nosso dia a dia nos detalhamentos e finalizações de um estande, sempre com ajustes.

Transamérica em 2018

Agora, quando temos um contrato de montagens com reaproveitamento de peças para chegar na verba do cliente, 10 cm, podem fazer a diferença entre lucro e prejuízo e este é um item que aprendemos a considerar, principalmente num pacote, onde tínhamos locais e pés direitos diferentes em pavilhões, hotéis de norte a sul com reaproveitamento de estruturas construídas. Você já pensou nisto?

O que fazer?

Obvio. Tenha todos Manuais de Expositores e todas plantas dos locais de sua grade de eventos e crie, pelo menos, uma tabelinha com estas regras de alturas e recuos. Quanto feito isso você terá uma visualização lado a lado de tudo que vai acontecer, aproveite e acrescente as metragens de cada estande. Você vai acertar na conta e poder argumentar sua proposta com uma base de dados que provavelmente seu cliente jamais pensou. Você se ajuda, ajuda o cliente e mostra quem é o bom profissional.

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