Não é por causa da pandemia que o setor fala sobre Eventos Virtuais. O assunto tem mais de uma década e sua tecnologia também. E por que só por causa da pandemia isso foi aceito? E ainda assim, não são Eventos Virtuais.
O Setor de Eventos no Brasil não tem uma história tão longa assim. Iniciou no final da década de 60 e não mudou desde então. O mesmo que se fazia naquela época é o que se faz hoje. Minto, com muito mais prazos para montar, a construção de stands considerava alvenaria em alguns projetos, que nunca mais ví em nenhum lugar.
Nosso BLOG já descreve vários assuntos que permeiam nosso setor e os desafios de se executar um evento de sucesso, nossa experiência compartilhada e inúmeras dicas para alguém que quer conhecer mais sobre o assunto. Então, meu foco aqui é informar o que desenvolvemos nos últimos 3 anos e como isso se relaciona ao mercado e como colabora efetivamente, dando ao expositor uma opção real e pronta para uso.
Hoje chamados de Eventos Virtuais ou Híbridos, o que vemos na prática é streaming de vídeos, sejam on ou off line, com alguma produção de produtoras e não mais montadoras de stands ou os fornecedores normais nesse setor. Algumas empresas multinacionais já foram além disso há alguns anos e criaram verdadeiros espaços virtuais. Alguém visitou CES2021 onde ainda poucos players já entenderam o que devem fazer?
VISIONÁRIO?
Em 2018, tive um insight! Criei o MyOwnExpo® – MOE, como chamo carinhosamente e sobre a sigla que desenvolvemos o logotipo. Ele é uma plataforma que libera o expositor de qualquer padrão ditado por Promotores e Locais de Exposições, dentre outros, deixando-o livre para realizar seu evento ao invés de participar do evento de outra empresa, agregado a todos seus concorrentes e tudo mais que for estipulado. O foco é a quantidade de visitantes e não há como ter certas garantias importantes. A conta é do expositor.
A vida virtual nunca foi tão presente no mundo. Sei que ninguém pode imaginar tudo o que a internet mudaria, mas a mais profunda mudança causada foi comportamental. E ela é mais profunda do que paramos para pensar. A tecnologia aplicada também não é tão nova como pensamos, apesar de termos chegado a um nível de qualidade e tecnologias de interação que não estavam prontas e ainda necessitariam de anos de aprimoramento. Basta estudar, por exemplo, a evolução de um aparelho de celular. Mas em nosso setor e com a tecnologia atual, é possível realizar com pouco recurso humano e bons equipamentos, uma apresentação que pareça ser realizada por um grupo considerável de pessoas, processos, investimentos, tempo, dentre outros. Com apenas um celular na mão e dezenas de apps disponíveis, muito foi automatizado, simplificado e barateado. O impacto ainda não terminou e na verdade, jamais terminará.
Ainda, sempre digo, sou velho e não creio que as gerações mais novas encarem eventos, da mesma forma que eu encaro.
DO LADO DO CLIENTE
Sem opção alguma, não por causa da pandemia, foram forçados a utilizar as plataformas de comunicação, chamadas de “lives” para poderem aparecer de alguma forma, na internet, único canal eficazmente livre de pandemias (vírus nela tem outros objetivos danosos). Essas mesmas plataformas existem há pelo menos 4 anos – as mais novas! O Zoom completou 10 anos em 2021! Existem empresas nos EUA que fazem isso há 30 anos. Tem brasileiros que mexem com isso desde 1970.
Novas ideias de se simular um encontro físico também foram criadas e funcionam tão bem, que imagino que alguns formatos antes utilizados, deixarão de ser utilizados e passarão por adaptações para sobreviverem num mercado, num mundo onde tudo deve ser considerado sob uma nova ótica.
DO LADO DO VISITANTE
Tenho também conversado com pessoas que tem a oportunidade de participar de ações virtuais. Uma das últimas que ouvi, foi total elogio e agradecimento por não ter mais de enfrentar estacionamentos, filas, aglomeração, dentre outras coisas, para conhecer e fazer uma compra qualquer. Assim vejo que o benefício de ações virtuais, excedem em muito, ações físicas (agravadas neste momento por uma pandemia, cujo final no Brasil, ainda nos parece incerto). Se consideramos ainda opções On -Demand, somente a internet pode trabalhar 24/7/365 em todo globo.
NOVA FASE DO MARKETING?
Creio que não.
Faz anos que o marketing se rendeu à internet e suas mídias sociais. Basta acompanhar o dinheiro e ver como ele migrou. Todos sabemos disto. Ainda a cada dia novos termos para as mesmas tarefas do MKT trazem confusão para se entender esse universo: Inbound, Marketing de Performance, Marketing Digital e por ai vai. Mais uma vez, cabe outro post só pra falar disto, coisa que não vou fazer.
Então, porque isso não aconteceria no setor de eventos?
Te digo, faz anos que isso vem acontecendo.
<< Sras. e Srs. Expositores, recebam o MOE!! >>