Financeiro

Pagar em dia, faz parte do negócio?

Cabe a clientes 3 coisas apenas. Solicitar, reclamar e pagar. Eles fazem com destreza imediata, os dois primeiros. Já o terceiro . . .

Ouvimos várias justificativas, mas se não entregássemos um evento na data combinada, dando as mesmas justificativas, o que eles fariam com a gente? Ainda bem que tem mais clientes por aí…

QUEM CRIOU ESTE SISTEMA?

Não sei o que é pior. Quem criou ou quem comprou, validando este sistema.

Entendo e sei dos procedimentos adotados por muitas empresas para validação de pagamentos em níveis de hierarquia, dependendo de valores. O tal maravilhoso sistema, deve funcionar para eles, pois, ninguém é responsável, somente o sistema ou o presidente. E aí, quem vai reclamar do presidente, que não validou o valor no sistema no prazo? E quem já falou com esse tal de sistema???

DO NOSSO LADO….

Nós que executamos tudo e trabalhamos com o dinheiro do cliente para executar seu evento, quando não temos a contrapartida financeira, da forma que o trabalho precisa, ou como foi combinado e documentado, inclusive na emissão fiscal, não é multa e juros que anulam o prejuízo, quando o pagamento não é realizado. Na administração simples, se você optar e usar dinheiro de um cliente para pagar as contas de outro cliente, trabalhando o giro, provavelmente você vai necessitar comprar capital de giro em bancos, porque os valores, raramente serão iguais. Se manter este esquema por muito tempo, sua empresa vai quebrar.

Nosso protocolo: Cada cliente banca seu evento.

EM ALGUMAS EMPRESAS

Parece que alguém compra o que quiser e outro alguém, paga quando quiser, como se não existisse a relação do bem e seu valor. O Marketing só compra. O Financeiro só paga. Ué? Não é só uma, empresa? Não é só um, negócio?

É impossível ter uma coisa sem a outra.

É muito simples imaginar que, um funcionário representa toda a empresa, afinal, se temos contato com uma pessoa, esta pessoa fala por toda empresa. No nosso mundo facetado de especialistas, cada um é responsável por uma tela. Quer ver um exemplo? Quando você faz uma ligação para um call center ou um call center aborda você, se fizermos um questionamento fora do roteiro, logo você é transferido para outro alguém e reinicia todo o processo. Na prática, ninguém sabe de todo o processo e “cuida” apenas de uma parte. Este descompasso é usual no sistema e por isso, ele é o culpado. Não digo que é responsabilidade somente do departamento financeiro, mas é aqui que o problema aparece.

Pense, isso não acontece só no mundo corporativo, no nosso dia a dia, esquecemos que assumindo uma compra, existe um pagamento a ser feito, desta forma você precisa provisionar o montante financeiro para pagar sua dívida, e não achar que no mês seguinte você terá o caixa necessário para a liquidação da fatura! Não é obvio?

Então, todos ficamos transtornados quando abrimos um extrato, certos de que nosso cliente fez a parte dele e vemos que não fez. Pronto, infelizmente embora acostumados, me nego a aceitar.

No Brasil, dinheiro é tratado não como parte do processo de aquisição, honrando-se a data de pagamento. Hoje ouvimos muitas empresas anunciando … “Venha pegar o seu” … Como se não fosse necessário pagar por isso! Ou você não precisa se preocupar com dinheiro, para adquirir algo. Neste tratamento irresponsável, onde sempre vamos dar um jeito, aprendi que o prejuízo, sempre ficava em casa.

CUSTO BANCÁRIO

Sabemos quanto custa dinheiro nos bancos do Brasil. Pergunto: Se nossos clientes não têm dinheiro para bancarem suas ações, quando vão fazer suas ações, quem deve bancar este custo? Se você é um, das centenas de donos de empresas, que optaram por bancarem seus clientes, você já está sentindo a água subir e seu fim é como de muitos, cujas histórias ouvi em muitos pavilhões deste Brasil. Ou enfartaram ou quebraram e depois enfartaram.

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